terça-feira, 19 de junho de 2012

The HBR Channel - Enterprise 2.0 and Social Business

Neste vídeo, Andrew McAfee, do MIT Center for Digital Business, explica como as novas ferramentas de colaboração permitem a todos criar e organizar informação.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

IBM é Líder em Social Software pelo terceiro ano consecutivo


O IDC acaba de liberar análise referente ao ano de 2011 onde aponta a IBM como líder global em Social Software para o mercado corporativo, pelo terceiro ano consecutivo. De acordo com sua análise, o faturamento da IBM com Social Software, em 2011, cresceu mais que seus concorrentes e aproximadamente duas vezes mais do que a média de mercado.

Atualmente, mais de 35% das empresas listadas entre as Fortune 100 usam a solução da IBM, incluindo 8 entre as 10 principais bancos e varejistas.

Leia mais em http://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/38066.wss

Outros sites especializados também deram destaque ao anúncio feito hoje, como o CIO Today. Vejam alguns trechos interessantes:

"We asked Brad Shimmin, an analyst with Current Analysis, if IBM's continuing dominance of enterprise social software was surprising. He replied that its wasn't, and noted that Connections "is a very mature product" that IBM has been fielding for "some time" to its sizable customer  base."

"Current IBM customers for Connections include Lowe's Home Improvement, Electrolux, TD Bank, Russell's Convenience Stores, Bayer Material Science, The Ottawa Hospital, Premier Healthcare Alliance, Earthwatch and others."

Rio+Social, Rio de Janeiro, 19 de junho de 2012

Amanhã, 19 de Junho, será realizado no Rio de Janeiro o evento Rio+Social. Ele acontecerá na véspera das sessões de cúpula da Rio+20 e tem como proposta reunir líderes globais para discutir redes sociais, sustentabilidade e tecnologia. Todos estamos acompanhando as transformações produzidas pela tecnologia, principalmente Redes Sociais e Mobilidade, na sociedade. Nosso maior desafio é saber utilizá-las de forma adequada para a busca de um "bem comum", algo que possa contribuir de forma efetiva para uma sociedade mais justa e para uma economia sustentável. Farão parte das discussões diversos temas como energia, cidades, empregos, alimentos, água, mulheres, saúde, oceanos e desastres.

O evento é aberto e pode ser integralmente acompanhando pela Internet por este link


Fatos rápidos sobre o RIO+SOCIAL (siga este link para o briefing completo)

  1. O Rio+Social é uma oportunidade única de explorar o novo papel das mídias sociais e da tecnologia no desenvolvimentos sustentável.
  2. O uso das tecnologias e mídias digitais mudou a forma como interagimos uns com os outros e com o mundo – nossas redes não são mais restritas por fronteiras, idiomas ou fuso horário.
  3. Os avanços digitais sem dúvida contribuíram para uma maior conscientização e para chamados à ação mais eficazes ao redor do mundo.
  4. Nossos esforços para encontrar soluções para as questões que determinam a forma como vivemos estão diretamente conectados às inovações em tecnologia e mídias sociais.
  5. Seguindo o sucesso do Social Good Summit (www.socialgoodsummit.com), realizado em Nova York durante as sessões de alto nível da Assembléia Geral da ONU, a Rio+20 oferece o próximo grande momento em que o mundo todo estará assistindo enquanto a comunidade global se junta para desenvolver um novo futuro sustentável.
  6. Usar o “social” para o “bem” é um componente crítico para alcançar resultados positivos na Rio+20 e para incorporar soluções sustentáveis para nosso futuro.
  7. O Rio+Social convida todos para participar das conversas da Rio+20 e, mais importante, encoraja a discussão sobre soluções e sobre como as pessoas em todos os lugares podem partir para a ação.

O Rio+Social trará solucionadores de problemas e grandes pensadores do ambiente digital para a conversa ao criar oportunidades para trocas sobre networking, assim como uma plataforma para aprender com palestrantes transformadores que irão nos desafiar e inspirar a pensar sobre nossa abordagem para as mudanças globais no século 21.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Projeto de Rede Social Corporativa - Armadilhas comuns e como evitá-las


Durante toda esta semana estive envolvido em discussões profundas sobre os desafios da Adoção em um projeto de Rede Social Corporativa. Como já discutimos aqui, trata-se de um projeto que demanda, além de estudos e cuidados com a tecnologia, de uma atenção especial com a parte "humana", ou comportamental. Vou aproveitar este post para compartilhar algumas das principais armadilhas que podem aparecer em um projeto deste tipo e, claro, tentar analisar o que fazer para evitá-las. É claro que não é uma lista exaustiva. Vamos a elas:
  1. Tratar o projeto como sendo de uma única área da empresa - Um projeto de RSC não é propriedade de nenhuma área específica. Não é de TI, nem de Comunicações, nem de Marketing ou de Recursos Humanos. Também não é de P&D ou da área de Engenharia ou de Vendas. Na prática, é um projeto tipicamente "compartilhado" e que, como tal, deve levar em consideração informações, preocupações e anseios de cada uma destas áreas. 

    Talvez a maior armadilha seja não convidar, para o projeto, as áreas de negócio da empresa. Ao deixá-las de fora do projeto, podemos estar excluindo aqueles que eventualmente terão o maior benefício e que podem, no final, transformar todo o conhecimento gerado e registrado na RSC em valor de negócio para a empresa.

    Considere constituir um "Conselho Digital", com representantes das diversas áreas da empresa. Desta forma estamos criando um fórum único para discutir o projeto e minimizando riscos associados com o distanciamento de importantes players.
  2. Considerar a solução de RSC como um componente isolado da infraestrutura de TI - Toda empresa tem sistemas legados, que podem estar em mainframes ou em simples planilhas. O fato é que estes sistemas, além de armazenar informações, estão profundamente associados a diversos processos de negócio. Ignorar estes sistemas vai contra um dos principais objetivos da RSC que é, exatamente, o de acabar com os silos dentro de uma empresa. É fundamental integrar os sistemas e garantir que o conhecimento permeie todo o ambiente corporativo. Para isso, integrar com os sistemas em uso deve ser uma das preocupações do projeto.

    Este é um assunto de TI. Cabe à área de Arquitetura desenhar projeto considerando a adesão da solução sendo implementada ao restante da Arquitetura de Referência da empresa. Existem inúmeros pontos de integração que podem trazer enormes benefícios. Se sua empresa tem um sistema do tipo ERP, considere integrá-lo. Se tem um sistema de CRM, estude como fazer para que as informações geradas neste sistema sejam devidamente compartilhadas.

    Garanta que a área de TI tenha uma Arquitetura de Referência e que a solução da RSC integre-se a ela.
  3. Implementar o projeto em um único passo, como se fosse um Big Bang - Diferentemente de outros projetos, uma RSC tem um componente forte relacionado com a "adoção", com a aceitação, pelas pessoas, do novo ambiente. Não é possível forçar os funcionários a colaborar. Errar em um projeto deste tipo pode ser fatal e, pior, você pode não ter uma segunda chance para conquistar seu público.

    A melhor abordagem é desenvolver um plano de trabalho em fases, com um piloto bem definido e com avanços bem projetados. O projeto é uma Jornada, com etapas que devem ser seguidas.
  4. Monitorar ou Moderar em demasia - Excesso no monitoramento do que é publicado, número exagerado de regras e grande foco em controles pode afastar os funcionários de sua RSC. Ao criar um ambiente onde, em tese, deve-se ter mais liberdade para contribuições é importante "deixar rolar". Claro que é importante educar e informar o que é permitido fazer e o que não é, mas tudo tem que ser feito de forma aberta e transparente. O maior inimigo de uma RSC, e uma das grandes armadilhas deste tipo de projeto, é o controle excessivo.

    Devemos sempre nos lembrar que o principal componente de uma RSC são os funcionários, seus membros, aqueles que, no fim do dia, estarão compartilhando conhecimento. Pessoas devem ser tratadas da forma correta pois tudo depende de sua vonta de contribuir. A melhor abordagem, neste caso, é a educação. Melhor que Proibir e Censurar é Educar e Moderar, no formato adequado.

    Assegure-se de construir um Guia de Comportamento em Redes Sociais e que todos tenham uma visão clara.
  5. Não levar em consideração a Cultura da empresa - Antes de começar você precisa admitir que não conhece a cultura de sua empresa. Ou, pelo menos, que não a conhece por completo. E precisa estar preparado pois, um projeto de RSC vai expor de forma mais direta a cultura de sua empresa. Tanto as coisas boas quanto as ruins. É mais ou menos como se você, hoje, estivesse vendo apenas a ponta de um iceberg. Grande parte da cultura de uma empresa não está visível, mas está em simplesmente todos os detalhes de sua operação.

    Antes de iniciar um projeto deste tipo, é importante fazer um bom mapeamento da cultura de sua empresa. Somente depois será possível dizer se sua empresa está madura ou não para este projeto. O nível de maturidade é um importante indicador. Ele vai apontar gaps que vão demandar cuidados especiais durante o projeto.
  6. Ignorar a necessidade de Change Management - Associado com a da cultura corporativa, vem a questão de Change Management. Sua empresa vai sair de um determinado status para outro. Ela vai passar de um ponto A para um ponto B e é fundamental tratar esta transformação corretamente, para evitar crises e decepcções. Mais ainda, com um processo de Change Management bem estruturado, é possível liderar as mudanças pelo caminho desejado.
Vale lembrar que qualquer projeto tem suas armadilhas e que um bom planejamento pode mitigar os riscos associados a elas. A fase de planejamento deve analisar estes e outros tópicos de forma detalhada. Parte principal da minha missão profissional é executar o que chamamos de Social Business Agenda. E, grande parte deste trabalho é, exatamente, mapear os riscos e armadilhas "escondidos" neste tipo de projeto.

Com o Social Business Agenda, é possível, de forma estruturada, transformar uma empresa, aumentando a colaboração, a inovação, melhorando a gestão do conhecimento e, no fim do dia, alcançando seus objetivos de negócio.

E você, quais outras armadilhas vê em projetos de Redes Sociais Corporativas?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Rio+20, Sustentabilidade, Redes Sociais e Consumo Colaborativo


Nosso atual modelo de consumo de produtos e serviços nasceu nos primórdios da civilização, foi profundamente alterado no final do século XIX, com a Revolução Industrial, e foi gradualmente ajustado durante o século XX. Além disso, foi fortemente impactado pela produção em massa e pelo marketing de consumo. Ele induz ao consumo, mesmo daquilo que não necessitamos. Desta forma, é comum que produtos sejam comprados e pouco utilizados. Uma furadeira, por exemplo, é utilizada, em média, por 12 ou 13 minutos em sua "vida útil", ou seja, praticamente nada. Na verdade, o que queremos é o buraco, e não a furadeira. Da mesma forma, queremos a música, e não o CD, o filme, e não o DVD, e por aí vai.

O que está errado por trás disso é que a produção de um produto qualquer consome recursos naturais, energia e mão de obra em uma escala enorme, poucas vezes conhecida pelo consumidor final. Em um momento onde se busca um maior equilíbrio para melhor administrar os impactos ambientais em nosso planeta, o crescimento do uso do modelo de "Consumo Colaborativo" aparece como uma nova via, uma excelente alternativa, levando-nos do hiper-consumo do século XX para uma nova realidade, no século XXI. O impacto potencial é enorme, tanto em termos culturais quanto econômicos, tudo isso em uma escala nunca antes imaginada. O que torna isto possível? A infraestrutura que temos atualmente, em termos de tecnologias de Redes Sociais e de Tempo Real, associadas a mudanças culturais profundas.

Basicamente existem três formas distintas de Consumo Colaborativo:

  1. "Mercado de Redistribuição" - é onde pessoas compartilham, ou trocam, produtos que não usam mais. É como se fosse um grande bazar online, sendo que, em tese, não existe troca financeira, apenas de produtos, como se fosse um escambo. Desta forma, ampliamos a vida útil de um produto ao permitir que outra pessoa use algo que não estamos mais utilizando. Ao fazermos isso, evitamos que seja necessária a produção de um novo ítem, economizando matéria prima, energia e mão-de-obra.
  2. "Estilo de vida Colaborativo" - trata-se de um sistema um pouco mais complexo, onde pessoas trocam bens não necessariamente materiais. Como um exemplo, um médico poderia dar consultas para uma determinada comunidade e, em troca, receber hospedagem por um período de tempo. Um exemplo interessante ocorre na Inglaterra, onde pessoas que tem interesse em cultivar sua própria comida, mas não tem terreno para isso, podem fazer contato com outros, que tem terra disponível. O site, chamado LandShare, já tem quase 70 mil membros.
  3. "Sistema Produto-Serviço" - Este é um modelo bastante interessante e que está ganhando espaço nas grandes cidades. Basicamente, a idéia é que você não precisa possuir um determinado "produto" para ter o "serviço" prestado por ele. Um belo exemplo é o caso dos alugueis de bicicletas no Rio de Janeiro. O BikeRio caiu no gosto do Carioca e, atualmente é utilizado de forma ininterrupta por cidadãos e turistas, a lazer ou a trabalho. Outros sistemas semelhantes existem em grandes cidades até mesmo para o aluguel de carros. Para se ter uma idéia, um carro é utilizado, em média, por apenas uma hora por dia!

O fato é que a proliferação do uso das Redes Sociais e das tecnologias de Tempo Real, com base em Smartphones e Tablets, estão dando um enorme empurrão neste novo modelo de consumo. Some-se a isso a recessão global por que estamos passando e temos um modelo bastante adequado para uma forma mais inteligente de consumo. Segundo Kevin Kelly, editor da revista norteamericana Wired, "access is better than ownership". Afinal, para que possuir um automóvel e usar apenas uma hora por dia? Para que comprar uma furadeira e usá-la por apenas 12 minutos? Para que possuir uma coleção de CDs se o que queremos são as músicas?

Não a toa, o "Consumo Colaborativo" foi considerado pela revista Time, em 2011, como uma das 10 idéias que vão mudar o mundo.

A base de todo este novo modelo está em um conceito relativamente novo e já discutido aqui em maio de 2008, o da Reputação Online. Todo o processo de "troca" é baseado na confiança e esta, no mundo virtual, é literalmente "medida". Cada membro dos sites que promovem este tipo de Consumo tem um gráu associado, que indica o nível de credibilidade dele.

É este novo modelo, o do Consumo Colaborativo, que promete trazer um novo equilíbrio para a economia mundial, trazendo uma nova dimensão para a sociedade. Apenas para se ter uma idéia, veja quantos litros de água são necessários para produzir alguns produtos comuns em nossa sociedade:
  • Automóvel (sem considerar os pneus) - 147 mil litros
  • Um par de Jeans - 6800 litros
  • Uma simples camiseta - 1500 litros
  • O último é, no mínimo, irônico... para produzir uma garrafa de plástico, utilizada para armazenar água mineral, são necessários, simplesmente, 7 litros de água
Considerando que a água é um bem pessimamente distribuido (veja o quadro abaixo), pode-se imaginar o impacto que o Consumo Colaborativo, se levado a uma escala global, pode ter em nossa sociedade.


Será que podemos trazer este modelo para dentro de nossas empresas? Que tal compartilhar e trocar, com colegas de trabalho, produtos que você não usa mais? Que tal trocar serviços? No final do dia, ao aumentar a vida útil de um produto, estamos reduzindo o consumo de matéria-prima e de energia, contribuindo para uma economia sustentável. O certo é que, para atingir a escala global, precisamos iniciar dentro de casa, em nosso bairro, em nossa empresa, em nossa cidade. O primeiro passo depende somente de nós mesmos.