quinta-feira, 30 de junho de 2011

Don Tapscott fala sobre a influência da tecnologia nos jovens

Parte 1:



Parte 2:



Fonte: http://www.midiassociais.net/2011/06/don-tapscott-fala-sobre-a-influencia-da-tecnologia-nos-jovens/

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Você me deixa doente"


A expressão "você me deixa doente" é um coloquialismo antigo e a usamos, normalmente, quando queremos nos referir a uma determinada situação envolvendo um amigo que, por algum motivo, nos tira do sério. Mal sabemos o quanto ela é verdadeira, no sentido literal. Nossa saúde depende, além de nossa biologia, escolhas e ações, diretamente da biologia, escolhas e ações de nossos amigos bem como dos amigos dos nossos amigos. Nossa saúde depende da Rede Social em que estamos inseridos.

Na prática o fato de fazermos parte de em uma Rede Social faz com que eventos que aconteçam nesta rede tenham impacto em todos os elementos da rede, em diferentes graus. Trata-se de uma complexa teoria sociológica, estudada por Nicholas Christakis (1), PhD e pesquisador da Universide de Harvard. Em 2009 ele foi nomeado pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes no mundo.

A teoria vai além de saúde e alcança hábitos como correr, fumar, comer ou beber, por exemplo. Durante mais de 20 anos ele e sua equipe estudaram com cuidado grupos de pessoas para identificar como estes hábitos podem "contaminar" outras pessoas da rede, da mesma forma que doenças. Em seu livro "Connected", de 2009 (2, 3 e 4), ele apresenta diversas conclusões destes estudos, bem como de outros trabalhos desenvolvidos por pesquisadores da área.

A sua compreensão dá uma dinâmica especial a redes sociais. Dentro de uma empresa, por exemplo, o "mapeamento de comportamentos" pode ajudar na identificação e retenção de talentos. Algumas empresas já adotam técnicas ainda preliminares para desenvolver programas de desenvolvimento de carreira. É sabido que quando um funcionário pede demissão por algum motivo, outros colegas de trabalho, próximos, tem uma chance maior de pedirem demissão nos meses imediatamentes subsequentes.

Dentro deste conceito, surge a figura dos "tippers", que são membros com maior capacidade de influência dentro de uma rede social. A identificação dos "tippers" (5) em uma empresa, por exemplo, é determinante em politicas de desenvolvimento de carreira ou em qualquer programa corporativo. Conhecê-los pode ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um programa qualquer.

O fato é que nossos destinos dependem muito mais das decisões e escolhas dos membros de nossa rede social do que imaginávamos. Hábitos alimentares, tabagismo, a frequência com que bebemos, como nos exercitamos e até mesmo com quem nos casamos sofre forte influência dos nossos amigos e dos amigos de nossos amigos. Nunca foi tão verdadeira a frase "diga-me com quem andas e te direi quem és".

(1) http://christakis.med.harvard.edu/
(2) http://connectedthebook.com/
(3) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/06/seis-graus-de-separacao-e-tres-de.html
(4) http://fgfmendes.blogspot.com/2011/01/redes-sociais-influenciando.html
(5) http://socialmediasandy.wordpress.com/2011/06/20/social-business-word-for-monday-tipper-socbiz-getsocial11/

quinta-feira, 16 de junho de 2011

IBM, 100 Anos de Inovação



Hoje, 16 de Junho de 2011, a IBM completa 100 anos. É uma data realmente única para qualquer empresa e que deve ser comemorada. Para se ter uma idéia da importância desta data, basta imaginar que quase todas as empresas que foram um dia admiradas por nossos avós já não existe. Das 25 principais empresas industriais que existiam em 1900, apenas 2 continuavam ativas no ano de 1960 e, das 25 "top" empresas na lista "Fortune 500" em 1961, apenas 6 permanecem vivas hoje.

É interessante notar a enorme transformação pela qual a IBM passou. Uma empresa que antes mesmo de ser criada, começou sua vida com máquinas de tabulação, incentivada pelo censo de 1890 nos EUA. Depois disso, o que se viu foi um processo interminável de novas idéias, de inovação.


Nos últimos 20 anos a IBM liderou o registro de novas patentes nos EUA. Apenas para se ter uma idéia, em 2010 foram emitidas 219.614 patentes nos EUA, e a IBM é a empresa que mais patentes registrou, com 5.896.


Faz poucos dias, assisti a uma apresentação bem interessante. Nela, em um determinado ponto, o autor mostra uma máquina de escrever elétrica e, na mesma página, vem uma pergunta... "e se tivessemos parado por aqui?".

Já dizia o Prof. Yves Doz, do Insead, França... “Muitas empresas estão morrendo não porque façam coisas erradas, mas porque elas continuam fazendo a coisa certa por um tempo longo demais”

Inovar é preciso, sempre.Que venham os próximos 100 anos. Parabéns!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Seis Graus de Separação e Três de Influência


Seis Graus de Separação

Muito provavelmente você já ouviu a expressão "seis graus de separação". Pode ter sido em conversas com amigos ou você pode ter assistido ao filme, de 1993, estrelado por Donald Sutherland e Will Smith (1). Basicamente, a idéia é que podemos alcançar uma pessoa qualquer no mundo através de um caminho formado por pessoas conhecidas umas das outras, com no máximo 6 graus de separação, em média. Para entender melhor, um amigo seu está a um grau de separação de você, um amigo do seu amigo está a dois graus de separação e um amigo de um amigo do seu amigo está a três. Em tese você poderia enviar um bilhete para o Papa, por exemplo, enviando-o, em primeiro lugar, para um amigo seu que tenha conexões na Igreja Católica ou na Itália. Este seu amigo, em sequência, enviaria o bilhete para outro amigo e por aí sucessivamente até chegar ao destino desejado... em 6 conexões, na média.

Este conceito surgiu inicialmente na década de sessenta, através de uma experiência executada por Stanley Milgram (2). Ele selecionou algumas centenas de habitantes do estado americano de Nebraska e solicitou a cada uma delas que enviassem uma carta para um determinado comerciante em Boston, desconhecido direto deles. O desafio era enviar a carta para um conhecido, que teria mais chances de conhecer alguem em Boston, sucessivamente, até chegar ao seu destino. Cada "envio" foi devidamente registrado e ao final, na média, cada correspondência precisou passar por seis passos para chegar. Já viviamos, naquela época, em um "Small World".

O estudo inspirou a mídia, que produziu um filme, uma peça de teatro e até mesmo um jogo de adivinhações, liderado por Kevin Bacon (2). Na época, ainda não havia o conceito de Redes Sociais como o conhecemos hoje. No entanto, o estudo serviu de base para diversos outros, principalmente na área de sociologia, para análise comportamental, por exemplo. Anos mais tarde, alguns questionamentos sobre a validade do estudo, principalmente pelo fato dele sido feito dentro dos EUA, ou seja, limitado tanto geograficamente quanto culturalmente, motivaram alguns estudiosos a repetir o experimento, em uma escala global. Em 2002, Duncan Watts, Peter Dodds and Roby Muhamad replicaram a experiência, desta vez usando email para a mensagem. Eles selecionaram aproximadamente 98 mil pessoas, a maioria nos EUA, e solicitaram que elas enviassem um email para outras pessoas previamente selecionadas em outros países. Novamente o padrão pode ser observado... "Small World", novamente...

Três Graus de Influência

No entanto, uma outra questão foi levantada. Mesmo alcançando pessoas com até seis graus de separação, será que temos a capacidade de influenciar estas pessoas? Nicholas Christakis, um sociólogo pesquisador em Harvard, e seu colega James Fowler, decidiram investigar este tema em mais detalhes e concluiram que, na média, nossa capacidade de influência está limitada a 3 graus de separação (3). Eles relacionam 3 motivos para isto.

Para o primeiro motivo eles usam a analogia de uma pedra lançada em uma superfície líquida parada. O impacto provoca ondas que se propagam pela superfície líquida e que vão perdendo sua intensidade a cada vez que se afastam do local de impacto. Na prática, nossa capacidade de influenciar um amigo é alta. Já para influenciar um amigo de nosso amigo, é menor, e por ai sucessivamente.

O segundo motivo está associado ao que eles chamam de "instabilidade intrínseca da rede". A idéia é que as conexões além de três graus seria mais instáveis. Ou seja, sua conexão com um amigo próximo é forte, pois ele pode ser um parente, um colega de trabalho ou alguem com quem você mantem contato. No entanto, a força das conexões tornam-se mais fracas a medida que se afastam de você.

Por último, eles associam uma característica da própria evolução humana. Historicamente, humanos tendem a se agrupar em grupos pequenos e é mais comum desenvolvermos relações até um determinado grau, o terceiro. Em tese, eles entendem que temos pouca ou nenhuma capacidade de influenciar pessoas a mais de três graus de separação uma vez que em nossa história, o ser humano nunca teve condições de fazê-lo.

Os dois estudos são bastante interessantes e levantam algumas questões... No mundo atual, com as novas tecnologias...

1) ... será que conseguiriamos reduzir os 6 graus de separação entre quaisquer duas pessoas?
2) ... será que temos condições de influenciar mais pessoas a mais de 3 graus de separação?
3) ... se realmente tivermos condições de influenciar pessoas a mais de 3 graus de separação, qual será o impacto em aspectos culturais? e políticos? e religiosos?

Uma coisa ao menos é certa. Independente de eventuais mudanças nestas teorias, mandar um email de qualquer lugar do Nebraska para Boston, hoje, é infinitamente mais rápido do que na década de sessenta.

(1) http://en.wikipedia.org/wiki/Six_Degrees_of_Separation_%28film%29
(2) http://en.wikipedia.org/wiki/Stanley_Milgram
(3) http://www.wjh.harvard.edu/soc/faculty/christakis/

Conectado, a 10 mil pés de altitude...


Definitvamente caminhamos para um mundo em que estaremos conectados 100% do tempo. Escrevo este post a bordo de um boeing 737, indo de Miami para a Cidade do México, à mais de 10 mil pés de altitude. O que isto significa? Dentre outras coisas, que o alcance das redes sociais cresce a cada dia. Onde quer que estejamos, a tendência é que possamos estar em contato o tempo todo.

Inicialmente tivemos as redes locais (LAN), depois vieram as redes de alcance maior (WAN), mais tarde os dispositivos móveis, smartphones, tablets, etc. Agora, mesmo voando é possível compartilhar informações, entrar em contato com amigos ou trabalhar, usando uma rede sem fio.

O serviço de rede sem fio a bordo não é novo, mas é algo ainda disponível em algumas rotas internacionais selecionadas. Viajando dentro dos EUA, já é comum. Hoje, mais da metade dos vôos já oferece o serviço. No Brasil, entrou em operação no ano passado, ainda em poucas rotas. 

Get Social at 10k!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Privacidade - A principal "moeda de troca" em Redes Sociais


Uma pesquisa recente conduzida pela empresa NetPop (1), entre 1253 usuários de redes sociais com acesso de banda larga nos EUA mostrou que 73% contribuem de alguma forma em sites de redes sociais (seja usando email, Facebook, Twitter ou outro qualquer). De um total de 169 milhões de usuários de banda larga nos EUA, aproximadamente 66 milhões, 39%, compartilham informações. É um número realmente expressivo, maior do que a população de muitos países. E não pára de crescer (2)

No entanto, a mesma pesquisa mostra que cerca de 80% destes usuários se dizem "desconfortáveis" com a questão de privacidade online ou, no mínimo, tem dúvidas com relação a mesma. São números importantes e que mostram claramente que o principal ponto de questionamento com relação aos sites sociais é a questão de privacidade.

A pesquisa faz uma comparação interessante entre o Facebook, o Twitter e o YouTube. Dos três, o FB é o que apresenta maior índice de insegurança dos usuários. Os pesquisados consideram que tanto o Twitter quanto o YouTube oferecem maior controle sobre a questão da privacidade. O YouTube é o que apresenta o melhor índice NPS (Net Promoter Score, indicador que aponta o quão propenso um usuário pode recomendar ou promover um site).

Todos sabemos e compartilhamos diariamente preocupações com relação a segurança e privacidade na Web. Convivemos com a ameaça de vírus já faz muitos anos, assim como a de fraudes bancárias ou em transações em geral. Mais recentemente, a questão de privacidade, diretamente relacionada a proteção de nossos dados e divulgação de forma indevida, se tornou uma constante.

O resultado da pesquisa aponta claramente para aquela que é a maior "moeda de troca" hoje disponível na Web, a Privacidade. Para obter sucesso, cada vez mais as novas redes sociais vão ter que cuidar atentamente deste ítem. Oferecer a seus usuários políticas claras de segurança de dados e acesso a informações. Casos recentes como o do Facebook, da Google e o da Sony mostram que ainda existe muito a ser feito nesta área,

Eu, particularmente, tenho minha própria "política de privacidade" ou, mais ainda, "política de uso" de redes sociais. Sou um power user delas, tanto aqui em meu blog quanto no Facebook, no Twitter,e até mesmo no The Pet's Universe (3), criada por mim, e reconheço integralmente seu inestimável valor em diversas esferas como informação, ensino, networking, relacionamentos e muito mais. No entanto, estou seguro de que muito ainda tem que ser feito no que diz respeito a privacidade nas redes sociais públicas.

(1) http://www.netpopresearch.com/
(2) http://www.netpopresearch.com/node/reportdownload/26713
(3) http://www.thepetsuniverse.com/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Gotta share!

Qual a primeira coisa que você faz pela manhã? Escovar os dentes? Ou verificar os últimos emails em seu smartphone? Como você se atualiza sobre as notícias do dia, lendo o jornal pela manhã ou navegando pela Internet durante o dia? E qual a última coisa que você faz antes de dormir, ler um livro ou verificar seu email, novamente usando seu smartphone.

Estamos cada vez mais tempo "conectados". Usamos email com alta frequência e compartilhamos informações em Redes Sociais a cada momento do nosso dia. Facebook, Twitter, LinkedIn e Tumblr consomem boa parte de nosso valioso tempo. A palavra da moda é "compartilhar". Jovens compartilham fotos e informam que chegaram a um restaurante ou evento.

No entanto, muitas vezes nos esquecemos que o ato de "compartilhar" é algo que está intimamente ligado à nossa existência e não é uma característica da geração Y. A civilização humana sempre "compartilhou" os mais variados temas. As antigas inscrições nas paredes das cavernas já eram uma forma de registrar e compartilhar eventos. O mesmo fenômeno pode ser observado na China, no Egito antigo, na Grécia, no Perú ou no México, em formatos diferentes, mas sempre com o objetivo de compartilhar informações, de registrar eventos.

Atualmente, com o suporte da tecnologia, é possível compartilhar informações de forma muito mais dinâmica e efetiva. As atuais Redes Sociais permitem que informações sejam difundidas em tempo real. A grande questão que ainda está sem resposta está relacionada com os limites a que podemos chegar, tanto em termos de quantidade de informação como em qualidade e privacidade.

O vídeo abaixo (1) é uma brincadeira feita sobre o tema, interessante e que nos faz pensar sobre estes limites.


(1) http://www.ted.com/talks/gel_gotta_share.html