sábado, 1 de novembro de 2008

SaaS - Lotus Bluehouse - Parte 1

A definição mais comum para Software as s Service (SaaS) aponta para um modelo de utilização de software onde o mesmo está hospedado em um computador em um lugar qualquer e suas funcionalidades são "entregues" ou "consumidas" pelo usuário final no formato de um serviço, através da Internet. Um leitura comum para esta definição é a de que você "paga por aquilo que consome". Definitivamente não é uma definição completa, ao deixar de fora uma série de pontos importantes.

Dentre os pontos mais significativos temos, por exemplo,:
  1. O usuário final deixa de se preocupar com a aquisição e manutenção da infraestrutura de hardware para suportar o software
  2. O usuário final deixa de se preocupar com a manutenção das versões do software
  3. O cliente passa a utilizar seu orçamento de TI de forma diferenciada, fazendo investimentos em projetos mais ligados ao objetivo final da empresa
  4. O cliente final pode ratear os custos do uso do serviço de forma mais efetiva, da mesma forma que se rateia uma conta de luz ou de água por diversas unidades ou departamentos da empresa
Porém, de todos estes pontos, o mais revolucionário não está no cliente final, e nem na Internet. Acredito que o componente mais importante deste novo modelo está na outra ponta, nas empresas que hoje desenvolvem software e naquelas que vão entrar para o clube. Estas empresas tem o desafio e a missão de oferecer novas soluções que possam ser consumidas por seus clientes.

O modelo é tão revolucionário que todas as empresas estão investindo fortunas em pesquisa e desenvolvimento. O objetivo de todas é ter suas soluções oferecidas neste novo modelo o mais rapidamente possível. Como vimos anteriormente (1), no entanto, muitas empresas estão simplesmente adaptando suas soluções para este novo modelo.

Lotus Bluehouse

Neste cenário, a IBM vem se destacando. No início do ano, na Lotusphere 2008, anunciou o Lotus Bluehouse (2) como a sua plataforma para oferecer software como serviços, principalmente aqueles relacionados com colaboração e redes sociais(2) que, notadamente vem migrando para o ambiente web a passos largos. É um movimento forte para se posicionar neste novo segmento de mercado, onde já estão a Google, a Microsoft e outras mais.

A grande diferença do Bluehouse para as ofertas hoje disponíveis destas empresas é o fato de ter sido construido desde o início para ser oferecido como um serviço. Como dissemos anteriormente (1), poucas empresas podem dizer que efetitamente oferecem uma solução nativa para SaaS. A IBM é uma delas e o Bluehouse vem para ocupar este espaço.

O Lotus Blouhouse é uma solução para mensageria, comunicação, colaboração, compartilhamento de arquivos, web conference e redes sociais. O projeto é ambicioso, começa com um punhado de serviços já bastante interessantes e promete crescer absurdamente nos próximos anos. Espera-se integração com telefonia convencional, VoIP, ERPs, alta mobilidade, independência de plataforma, suporte a padrões abertos e muito mais.

Se entregar tudo o que promete pode revolucionar o mundo de sofware como o conhecemos hoje, principalmente, é claro, o mundo do desktop, dependente de alguns poucos fornecedores, extremamente vulnerável e com pouca ou nenhuma mobilidade.

No próximo post, uma análise mais detalhada do Lotus Bluehouse.

(1) http://fgfmendes.blogspot.com/2008/10/are-you-native-saas-company.html
(2) http://www.eweek.com/c/a/Messaging-and-Collaboration/IBM-is-Closer-to-Building-Bluehouse-to-Compete-With-Cisco-Google-Microsoft/

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